terça-feira, 9 de julho de 2013

Da pele no calor

Cansei de escrever
De arrancar toda pele de mim
E mostrar minha carne

O vento sopra e traz o sal da terra

Me salgo no calor

Me canso no (in)finito das coisas
Cada passo na calçada é uma chance de tropeçar
Me cansa me mostrar e ninguém entender
Ler e só

E minha pele cresce de novo

Minha carne já salgada não estraga ao sol
Aos poucos corrói a nova pele

Todos os ciclos me cansam. Tudo já me é nada. Como se tudo já tivesse sido, e por isso não faz diferença como vai ser.


Victor a. f. do Prado
@malditodito
Palmeira D’Oeste -SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário