quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quando Você Quiser

O  l     h
            e    m    i    n
       h      a     s
     l          e      t      r
               a     s
 t
a
l  v      e
z                   e
l            a     s
 s
e
e               n  c
a        i              x
e   m

naquela parede cinza do prédio
vizinho ao seu.


(Victor Augusto)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Putas

Putas
que servem
de alento
e
são

Camaleões

Putas filhas putas mães
Putas filhos putas pais
Putas irmãs putas irmãos

Entre cheiros de mundo
e cantos
de nada
pela vergonha-orgulho
que se escolhe dizer aos
ouvidos que fingem
entender a
reportagem do cliente
que finge ser leigo

Puta: eu
Puta: tu
Puta: você.



Victor a. f. do Prado
@malditodito
Palmeira D’Oeste- SP

como sempre é

E
desdobra-se o tempo
e
nuvens
no céu
branco, mas,
Dentro

As vidas renascerão
com paciência
e ventos
que sopram as bocas
e sorriem

É quase tempo de alegria,



Victor a. f. do Prado
@malditodito
Palmeira D’Oeste- SP

Da pele no calor

Cansei de escrever
De arrancar toda pele de mim
E mostrar minha carne

O vento sopra e traz o sal da terra

Me salgo no calor

Me canso no (in)finito das coisas
Cada passo na calçada é uma chance de tropeçar
Me cansa me mostrar e ninguém entender
Ler e só

E minha pele cresce de novo

Minha carne já salgada não estraga ao sol
Aos poucos corrói a nova pele

Todos os ciclos me cansam. Tudo já me é nada. Como se tudo já tivesse sido, e por isso não faz diferença como vai ser.


Victor a. f. do Prado
@malditodito
Palmeira D’Oeste -SP

Hámar

prováveis
caminhos
pneumáticos                                             a gerar
insaciáveis
sonhos                                                        de
mundos
afáveis

a gente                                                                                            em eco
a gente                                                                                            7
a gente                                                                         bilhões
a gente                                                               em eco
a gente                                                                      7
a gente                                                          bilhões
a gente                                                        em eco

Vamos vamos
há o mar
vamos
há mar a irmos
vamos
pelo caminho                                                                                             que não há
que desassocia                                                                       que não há pedras
as chegadas vigentes                                                             que não há ações
onde há o leão com a barriga incolor cheia com sete bilhões de sangues
e a águia que sombreia a rapina

Vamos vamos                                                                                            que não há escolha
há o mar
a abrir-se
a atravessar
                                                                                     vamos vamos

Por tons dissidentes
os passos são embalados e datados
posteriormente
postados a destinatário algum.




Victor A. F. Prado
@malditodito
Palmeira D'Oeste - SP

I’ll Always Hold You Tight


O inseto pela parede
A vida
     pela parede

Mesmo depois
que as ruínas passaram a
guardar a casa

E ainda
também
      depois
que o tempo
       espaço
e eu e ela
e o que havia
   o que não houve
aqui…

Mesmo então
    o inseto e sua vida e sua parede.



Victor A. F. Prado
@malditodito
Palmeira D'Oeste - SP

A Persistência da Memória

a
lembrança do sonho

começa a se apagar
os pequenos feixes escorrem pelos dedos
caem no colchão

até que
não se lembre mais o que se estava esquecendo



Victor A. F. Prado
@malditodito
Palmeira D'Oeste - SP



Na Volta Pra Casa

Ecoa em mim
o som
das aves,
mas ainda
assim
per
ma
nece o desejo dos homens,
o verde da grama,
o
marrom da
pele

Faces se entrelaçam no
balançar de meus
olhos,
no sombrear de minhas
tardes
entorpecidas pelo buraco de céu
no canto
das nuvens

Os ralos pingos se fundem
em meu suor
e exalam meu
perfume

misturam-se em espiral
os sonhos
da mulher que
passa com sua filha

Não sei pra onde,
nem o que,
nem porque
ela vai,
ela sonha,
ela sorri.

Sua filha
pequenina
brinca
e
cantarola,
enquanto a mãe a chama,
a pega pela mão
e a leva pela rua
onde,
talvez,
ela não volte a passar.

A mãe e a filha
dispersaram-se  de mim
quando viraram a esquina
(mas eu não me dispersei
        para elas, pois para elas
        eu nem estava lá).


Victor A. F. Prado
@malditodito
Palmeira D'Oeste- SP

Na volta pra casa 2


Então
      sei. Mas não mais.
      Já se foi. O pensamento, a impossibilidade: o reflexo na porta da loja de móveis que fica em frente à Rua Brasil por onde passaria um caminhão que traria mudanças que seriam pra mim.
     O rito: importante em sua inutilidade, empresta esperança ao desesperado e eu sei como é ter o reflexo em primeiro plano nas portas de vidro enquanto se caminha: o rito.
    Mas tudo faz parte deste grande nada, desta aparência construída nesse momento. Finge-se a tristeza, exalta-se a distância, reclama-se, cala-se. Não se sabe, apesar de tanta informação.
    Placebos.
  No meu caminho não encontro a Máquina do Mundo, nem pedras ou putas. Asfalto carros calçada portões árvores asfalto.
   Vitrines. Um mundo todo depois de mim. Quase não me vejo e quase não vejo o que está depois do vidro.

(Víctor Augusto)
Palmeira D'Oeste- SP

Porque sim


Somos nós
           partes

de um mundo incomparável
de um universo
            corrente

Tudo
    do
    tu
   que és

Entre vãos
         possibilidades

Somos nós menos eu
mas tu
sem conhecimento do tudo que és
continua
a ser

Porque sim.

(Víctor Augusto)
Palmeira D'Oeste - SP

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Casa do Poeta - Registro em Cartório


          Enfim, toda a documentação necessária para que a Casa do Poeta de Jales existisse de fato foi registrado em cartório e, posteriormente, apresentado aos poetas. A partir de 28 de janeiro, de 2012, a Casa do Poeta e do Escritor de Jales se apresenta à cidade de Jales e toda a região como: "Associação Casa do Poeta e do Escritor de Jales"- ACPEJ".


Livro - "Delitos Poéticos"

       André Gandolfo lançou o livro "Delitos Poéticos"na Casa do Poeta de Jales e depois levou o nome da região para a 22ª Bienal Internacional do Livro, que aconteceu em 11 de agosto de 2012.  
      O jovem talentoso, fez uma delicada obra em forma de literatura, que vale a pena conferir. 
    André faz parte do grupo de poetas que representam a Casa do Poeta e do Escritor de Jales e, colabora constantemente, alegrando os saraus ao som do teclado, cantando ou recitando poesias suas e diversas.
 

Coletânea "Moncks e Amigos"


Membros da Casa do Poeta de Jales participaram da Coletânea "Moncks e Amigos - Crônicas, Contos e Poesias". O livro, em homenagem a Joaquim Moncks,  Ativista Cultural e Coordenador da Casa do Poeta Brasileiro- Poebrás, foi divulgado por todo território brasileiro.

Sarau de Premiação do Concurso de Poesia




         Alunos de 13 escolas de Jales participaram do Concurso de Poesias da Casa do Poeta de Jales. A premiação aconteceu no dia 27 de outubro, de 2012, na Câmara Municipal de Jales.

         A Casa do Poeta de Jales agradeceu a colaboração de pais, professores e diretores. A ajuda foi valiosa, pois, além de engrandecer o evento, favoreceu a assimilação de valores literários a
estes alunos.




Concurso de Poesia 2012

           A Associação Casa do Poeta e do Escritor de Jales - ACPEJ- organizou o 1º Concurso de Poesia - "Casa do Poeta de Jales- 2012".            Participaram do concurso, alunos regularmente matriculados na rede de Ensino de Jales (Municipal, Estadual e Particular), dos níveis Fundamental I, II e Ensino Médio. A premiação aconteceu na Câmara Municipal de Jales, no dia 27 de outubro, de 2012. 




Bienal - André e Marilene


André Gandolfo, com o livro "Delitos Poéticos" e Marilene Teubner, com "A Palavra Reflexa" representaram Jales e Urânia na 22ª Bienal Internacional do Livro, que aconteceu em 11 de agosto de 2012, em São Paulo.

Livro lançado - "A Palavra Reflexa"


     A escritora de Urânia, Marilene Pacheco Teubner lançou mais um livro "A Palavra Reflexa".
    O Sarau de lançamento foi na Câmara Municipal de Urânia e contou com a participação dos membros da Casa do Poeta de Jales, autoridades uranienses e amigos.
    Em seguida, Marilene participou da 22ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo.

Livro digital

     O poeta jalesense Wandisley Garcia faz parte do Catálogo da Editora Emooby, uma das maiores do mundo em livros digitais.

Seguem links para conhecer ou adquirir os livros de autoria de Wandieley "Fênix" e "O Escafandrista".

www.emooby.com/pt/authors/view/25
www.emooby.com/pt/books/view/32
www.emooby.com/pt/books/view/33


Sarau - Trabalho de Iniciação Científica - Unijales


                  Sob a coordenação da Prof.  Sônia Saura e orientação da Prof.Adriana Campos, Sandra Garcia e Marilene Teubner desenvolveram projeto para o Programa de Iniciação Científica - PIC -  do Centro Universitário de Jales - Unijales. O projeto tinha como tema "A Literatura produzida pelos Escritores da Região de Jales". Durante o ano de 2012, as alunas:

- pesquisaram e entrevistaram os escritores da região de Jales;
- foram convidadas para atuarem junto à Casa do Poeta; 
- fotografaram os escritores e suas obras; 
- organizaram saraus com textos destes escritores; 
- elaboraram a biografia; 
- escreveram a história da Casa do Poeta de Jales, segundo os escritores;
- fizeram parte da regulamentação da Casa do Poeta de e do Escritor de Jales;
- colaboraram com André Gandolfo na organização da Feira do Livro;
- colaboraram na organização do 1º Concurso de Poesia - "Casa do Poeta de Jales-2013";
- criaram e-mail para contatos: poesiajales2011@hotmail.com
- criaram o Blog: http://casadopoetajales.blogspot.com.br/
- participam, todo último sábado de cada mês, das reuniões realizadas pela Casa do Poeta de Jales.


Alunas:
Marilene Pacheco Teubner
Urânia- SP

Sandra Helena Garcia
Jales- SP


O amor eterno

No doce encanto do teu olhar
Perdi-me de amor, e desde então
Passei a vida mudando de lugar
Sem conseguir mudar meu coração.

Toda vez que pego-me a cantar
Novamente a história dessa paixão
Sinto minh’alma inteira mergulhar
Num horizonte infinito de emoção.

Nunca houve, nem poderá haver jamais
Um olhar assim, de olhos tão fatais
Que marcasse tanto minh’existência.

Até mesmo se eu oferecesse resistência
E se aprendesse a viver na tua ausência

Estaria sempre te amando cada vez mais.

(Cavalheiro Verardo Neto)
Jales-SP


Trovas

Na luta...cada gigante!
dois destinos entre si:
o teu, pondo-me distante
o meu, mais perto de ti.


A chama do fogo sente
Que nem sempre tudo é festa
E queimando descontente
Vai devastando a floresta.


No pranto apagou-se a chama
De um amor pobre e sofrido,
Mostrando a dor de quem ama
Não sendo correspondido.



(Cavalheiro Verardo Neto)
Jales- SP

Meus passarinhos

Não costumo ficar assobiando
Ou cantarolando uma canção qualquer...
Será isso sintoma de tristeza?
Será que sou triste e não sei?
Provavelmente meus passarinhos de gaiola
saberiam me contar,
ou certamente apenas
o meu sabiá-laranjeira,
que não dando conta
do seu canto aparentemente melancólico,

pega-me, às vezes, cantando por ele.

(Cavalheiro Verardo Neto)
Jales- SP

Para você crescer

Nunca se iluda com o que está distante
não valorize tão somente o alheio,
acredite que o mais importante
está muito alem do bonito ou feio.

Procure sempre seguir adiante,
não subestime o que lhe pertencer,
no seu dia-a-dia, cada instante
existe apenas pra você crescer.

Crescer no amor e na fraternidade
encarando a vida e a realidade
num modo humilde de se compreender

Aprofundar nesse modo de ser:
de promover a paz e a caridade
e de acreditar em Deus pra valer.


(Cavalheiro Verardo Neto) 
Jales-SP

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Onde andarão os meus poemas perdidos

Onde andarão os meus poemas perdidos
que há muito não os vejo sorrir ?

Pobre criança que falava de amor nas asas do
sonho
quando a noite vinha lhe cobrir
e lhe desejar bom sono antes de dormir

Aqueles sonhos de acalento sonhos de alegria
se foram como vento num açoite

todo sonho de uma noite termina no outro dia 

(Almir Marques)
Jales-SP

Serão deuses, os poetas?

Serão deuses os poetas?
É profunda a indagação!
Mas não diria assim não...
Talvez anjos-mensageiros,
Pois tem muito de paz e amor
Neste dom dado por Deus, nosso Senhor!

Serão deuses os poetas
Digo que não, são informantes
De um mundo que veem bem antes!
Deus lhes deu privilégio
Para esta nobre missão
De agir com o coração!

Que Deus é Deus e reina em tudo,
Nós apenas poetas e não me iludo:
Somos o que somos, humanos e mortais,

Somos o que somos, sensíveis, nada mais... 

(Wandisley Garcia) 
Jales-SP

Quando venho te ver

Eu, quando venho te ver:
é com o coração saltitante de alegria,
é como se cego, eu visse a luz do dia...

Eu, quando venho te ver:
quanto este momento foi esperado!...
Sufoquei o ímpeto do meu coração
ó meu doce, perfil amado!

Eu, quando venho te ver:
é com saudade fora do comum
e pelos poucos momentos que iremos ter
vamos vivê-los, como momento algum...

Eu, quando venho te ver:
não te quero triste e distraída,
se és a parte da minha vida,
a razão do meu próprio ser!...

Eu, quando venho te ver:
é com o coração cheio de amor
esperançoso para oferecer
como a brisa acariciando a flor!...

Por isso, quando venho te ver:
quero teu amor, tua alegria,
nos meus braços feliz te envolver,
até que chegue nosso eterno dia.

(Wandisley Garcia) 
Jales- SP

Confissão amarga

CONFISSÃO AMARGA

O jardim não mais
há de florir
para nós dois.

O sonho perdido
ficará no esquecimento
para sempre.

As nossas vozes
emudecidas
ficarão sem vida...

Nossos seres
não se identificarão
nunca mais...

E como se não tivéssemos
existido,
nos perdemos na sombra do passado.

(Wandisley Garcia) 
Jales -SP